HISTÓRIA DA FAMÍLIA


Os Murbach são originários do sul da Alsácia, na Suíça, e migraram para o Brasil a partir do século XIX. O nome “Murbach” vem de um pequeno rio que cortava a antiga vila; depois foi sendo incorporado pelos moradores para identificar o local onde viviam.

Na região originária desse ramo familiar há uma abadia com o mesmo nome, que foi um mosteiro beneditino famoso, em um vale ao pé da Ballon Grande, nos Vosges. Fundado em 727, por Eberhard, Conde da Alsácia, estabeleceu-se como uma casa beneditina por São Pirmin. Seu território era composto por 3 cidades e 30 vilas. Os edifícios, incluindo a igreja da abadia, uma das primeiras estruturas abobadadas da arquitetura românica, foram devastadas em 1789, durante a Revolução pelo campesinato, e a abadia foi dissolvida pouco depois. Possuindo uma das mais belas bibliotecas da região, durante a era carolíngia,

Murbach foi um importante lar cultural e espiritual.

Em agosto de 2019, Wilson e Rose Matos visitaram a Abadia Murbach e experimentaram o incrível sentimento de conectar-se com a memória de seus antepassados.

Imigração suíça

A imigração suíça, no Brasil, teve como principal motivo a crise econômica na Europa do século 19, embora eles tenham marcado presença desde os primeiros anos da conquista do território brasileiro. Em 1557, desembarcaram na Baía de Guanabara 14 missionários calvinistas, vindos de Genebra à procura de um lugar livre de perseguições religiosas. Relatos mostram que, até o século 19, os que pisavam em solo tupiniquim eram padres jesuítas, soldados, mercenários e desbravadores, que não tinham como intenção a permanência por muito tempo. Registros apontam chegadas esparsas, de norte a sul do país.

Participante da primeira fase de imigração para o trabalho no café, a Família Murbach, pelo que indica, teve então a viagem subsidiada pela empresa Vergueiro e Cia. Saíram do porto de Hamburg, Alemanha, no vapor Florentim, com a seguinte composição familiar: Hans Jakob Murbach e sua esposa Rachel Koller e seus filhos: Johann Jacob Murbach; George Murbach; Jacob Murbach e Maria Murbach. Também consta no navio o nome dos casais Henrich Murbach e Bárbara Fischer Murbach, acompanhados pelos filhos, Anna, Magdalena, Elisabeth, Ulrick, Henrique e João, Gaspar Murbach e Elisabeth Bechtod com os filhos João, Jorge e Verena, Jakob Murbach e Elizabetha Schrtzler com os filhos, João, Barbara, Maria, Heitor e Carlos e George Ruedi e Úrsula Murbach (suíços) com os filhos – Barbara, Adão e Jacob.

Chegados ao Brasil, foram trabalhar nas terras da Cia Vergueiro, na região de Piracicaba. Posteriormente, encontram-se registros de deslocamento da família pela região de Rio Claro, e nas terras de Elias Pacheco Jordão; no Engenho São Lourenço de propriedade do Comendador Luiz Antônio de Souza Barros, sócio dos filhos do Senador Vergueiro.

Posteriormente, mudaram-se para Botucatu, onde, tudo indica, existia uma colônia de imigrantes alemães. Neste município, Johann Jacob Murbach, casado com Anna Meyer Murbach, comprou um sítio em treze de janeiro de 1866, ali estabelecendo-se com a família.

De confissão evangélica, participaram ativamente da vida da Igreja Luterana na região de Piracicaba e Rio Claro e posteriormente na Presbiteriana do Brasil, em Botucatu, fundada em 1875. Local onde encontram-se uma série de registros da referida família. Em 1903, com a criação da Igreja Presbiteriana Independente, parte da família Murbach, inclusive com sua matriarca Anna Meyer Murbach, transferem-se, na cidade de Lençóis Paulista, para o rol da referida Igreja.

No Brasil, a família Murbach estabeleceu numerosa prole, cujos descendentes, espalharam-se não só pelo Estado de São Paulo, como também em outras regiões do Brasil.

Um livro sobre os Murbach

Lançado em novembro de 2021, o livro “Nossa Maior Herança” conta histórias de integrantes de algumas famílias, entre elas, a Murbach. Escrito pelo Pr. Marco Antonio Barbosa, com coordenação editorial do profº Wilson de Matos Silva, o livro traz ilustrações, fotos e relatos pessoais sobre as trajetórias de fé das famílias.Também compõe a obra um pôster com a árvore genealógica dos Murbach.

A reconstrução do passado é uma verdadeira arte, que envolve além da persistência uma grande dose de amor.

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